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sábado, 6 de agosto de 2011

"Desculpe o transtorno, estou em construção"

Com certeza, esta foi uma das frases que marcou o acampamento PHN (Por Hoje Não).

Quando vamos ao shopping, ou quando passamos por algum lugar em reforma, normalmente está escrito assim: "Desculpe o transtorno, estamos em reforma."

Conosco não é diferente. Estamos em uma constante construção.
Somos uma obra inacabada, barro nas mãos do oleiro.

A vida... melhor faculdade de construção que existe e viver, que necessariamente se baseia nos encontros.
Estamos a todo momento vivendo um encontro com o outro, e o outro é sempre alguém que possui uma subjetividade, algo a ser conhecido, algo a nos revelar.
No entanto, muitas vezes, fazemos o contrário: nos esbarramos.
Entra então a frase: "Desculpe o transtorno, estou em construção.

Quando o outro entra em contanto com os nossos erros e  misérias, causa-lhe dor, espanto, feridas.
Assim também acontece quando recebemos o pior do outro.
Mas, nessa faculdade, o melhor Engenheiro Civil que existe, consegui fazer dos nossos cacos matéria-prima para a sua obra, que só será acabada na eternidade. Aqui, o grande Engenheiro tem sempre alguma reforma a fazer: lixar as cascas do nosso coração, mexer nos canos dos afetos estragados que estão minando e mofando toda a casa, arrumar os fios que insistimos em fazer no passado e que estragam o presente.

Não podemos viver achando que nossos excessos são para permanecer em nós, mas é preciso nos reconhecermos como essa obra inacabada. São os reparos... querendo ou não Deus sempre tem a fazer em nós.

E por favor, não nos esqueçamos que o outro também está em reforma. E como disse o Dunga, as vezes, na reforma do outro, pode cair concreto e tinta na nossa construção.
Desculpe-o, ele também está em obras.



"Se um dia lhe mostrar minha nudez como pessoa, não me faça sentir vergonha." Jean Paul

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